Nos últimos anos, as doenças
metabólicas, isto é, aquelas que em geral mantém uma relação de origem com o
estilo de vida, tornaram-se uma questão de saúde pública. E foi com esse
interesse que o governo britânico incentivou o acompanhamento de uma amostra de
sua população, que deu origem ao estudo que intitulou-se " Salt reduction in England from 2003 to 2011: its
relationship to blood pressure, stroke and ischaemic heart disease
mortality" (Redução de sal na Inglaterra 2003-2011 : sua relação com a
pressão arterial, acidente vascular cerebral e com a mortalidade na doença
isquêmica do coração).
Realizado no Wolfson Institute of
Preventive Medicine, Barts and The London School of Medicine and Dentistry,
Queen Mary University of London, London, UK e conduzido pelo Dr Feng J He e
colaboradores, a pesquisa acompanhou um enorme
contingente de sujeitos, com idade acima de 16 anos, entre os anos de 2003 e
2011, com o objetivo de determinar a relação entre a redução na ingestão de sal
que ocorreu na Inglaterra nesse período, e as doenças cardiovasculares, citadas
no título do trabalho.
Segundo resultados obtidos nesse importante
e extenso estudo, publicado esta semana (14/04/14) no BMJ, importante jornal
dedicado à publicações médicas, a principal causa de morte e incapacidade em
todo o mundo, a doença cardiovascular, guarda enorme relação com a adoção de um
estilo de vida e dieta saudável, com baixo consumo de sódio.
Esse estudo observou o considerável
impacto causado na saúde da população, desde que aquela nação, sob controle do
Departamento de Saúde Britânico, a exemplo do que já havia ocorrido no Japão e
na Finlândia, trabalharam com as empresas de alimentos industrializados e restaurantes,
para limitar voluntariamente a inclusão do sódio, em seus produtos.
Os resultados demonstraram o enorme
impacto que a redução do sal, exerceram naquele país, no controle da hipertensão arterial, na ocorrência do AVC
ou acidente vascular cerebral e da doença isquêmica do coração e, sugeriu que os
esforços precisam ser contínuos, nessa direção. Entretanto, observou-se que a
dificuldade também está presente no consumidor, que acaba repudiando os
produtos que obedecem a esse critério, pois o sabor fica prejudicado.
Uma vez que essas doenças não podem
ser consideradas como parte inexorável do processo de envelhecimento, a
adotação de hábitos de vida saudáveis, com a inclusão de exercícios físicos
habituais e uma dieta alimentar com baixa ingestão de sódio, é um consenso,
embora essa tarefa seja "trabalhosa"
se considerarmos que, mesmo alimentos como pães integrias e sucos, podem conter
uma pesada carga de sódio, sem mencionar as refeições prontas, dos frios e de
todos produtos industrializados que estamos acostumados a consumir.
Assim, podemos observar que, mais do
que leis federais, precisamos de iniciativas
próprias no cuidado de nossa saúde, isso valendo para todas as escolhas.
Fonte: He F.J. et al, Salt
reduction in England from 2003 to 2011: its relationship to blood pressure,
stroke and ischaemic heart disease mortality, BMJ Open 2014;4:e004549
doi:10.1136/bmjopen-2013-004549, vol 4, issue 4,
http://bmjopen.bmj.com/content/4/4/e004549.full.
Claudia B.,
c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação:
Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento
Funcional – Sling Training
Nenhum comentário:
Postar um comentário