sábado, 26 de abril de 2014

Os que te amam...



~ Paulo Coelho, escritor brasileiro, em "O Vencedor está Só "



Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Sling Training

Yoga, Meditação, Saúde e Crescimento Emocional I







No caminho da compreensão das causas estruturais que lideram as doenças do corpo e da mente, diversos estudos demonstram que é possível entender melhor a si mesmo e experimentar condições emocionais e físicas mais favoráveis, através da prática do Yoga e da Meditação.

Exames de ressonância magnética mostraram que durante essas práticas, há uma redução na atividade da amígdala, área do cérebro que regula a resposta ao estresse e que acaba por alterar as complexas operações das células do nosso corpo, todas submetidas ao nosso estado mental. 

Assim, a comunidade científica considerou compreender a relação entre a dor emocional e a dor física crônica. Notou-se que tudo o que acomete o sistema nervoso, afeta em igual proporção o funcionamento do  sistema músculo-esquelético e que o caminho oposto, também é verdadeiro, pois as partes mente e corpo, interrelacionam-se, inevitavelmente. Esse fato, acabou por elevar a condição da dor física crônica, para um patamar de doença e independência de causas físicas subjacentes, uma vez que toda dor física e todo sofrimento emocional, interagem entre si.

Especialistas em saúde pública global, estimam que em 15 anos a depressão seja a principal doença e, pela relação mantida com o estado físico, uma das principais causas de invalidez e afastamento de atividades produtivas, impactando diretamente o desempenho econômico de uma sociedade.

Ainda, mediante um quadro de depressão, a diminuição da expectativa de vida parece não ser somente correlata ao transtorno psicológico em si, mas aos comportamentos de abandono generalizado que acompanham esse estado.

Esse sofrimento é também associado à redução do sistema imunológico em sua função, visto os danos e comprometimento na regeneração celular. Além disso, a atividade respiratória se torna pobre e insalubre, levando à consequências nos padrões posturais, o que nos facilita compreender a falta de conexão do indivíduo com o próprio íntimo: perde-se completamente a consciência das reações mentais, assim como das corporais. A dor crônica torna-se então, um problema intratável.
Assim, por mais difícil que possa ser, o envolvimento com as atividades diárias e o engajamento com atividades de cuidados pessoais, como o Yoga e a Meditação, poderiam ser responsabilidades cotidianas importantes, contribuíndo muito para o estado geral da saúde, em especial, para a construção do sentimento insubstituível do ser humano de autorrealização

Durante nossas aulas, sempre começamos pela atenção com a respiração, ferramenta poderosa que induz o organismo a um maior relaxamento e bem-estar, poderosa via que promove a ligação e integração do corpo físico à nossa mente. 

Conforme eu mencionei recentemente em outro texto de Yoga, os nossos hábitos respiratórios passam a ser adotados como um padrão permanente e, em geral chegaram a essa condição, por serem considerados pelo nosso inconsciente, como uma estratégia de defesa válida, no sentido de conseguir lidar melhor com os eventos da vida.  

Paulatinamente, através da respiração, voltamos a nutrir e ativar o nosso metabolismo, a nossa energia é elevada, possibilitando-nos retomar o autocontrole e a homeostase (equilíbrio) da nossa essência.

Namaste!
Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Sling Training

Redução no Consumo de Sódio




Nos últimos anos, as doenças metabólicas, isto é, aquelas que em geral mantém uma relação de origem com o estilo de vida, tornaram-se uma questão de saúde pública. E foi com esse interesse que o governo britânico incentivou o acompanhamento de uma amostra de sua população, que deu origem ao estudo que intitulou-se " Salt reduction in England from 2003 to 2011: its relationship to blood pressure, stroke and ischaemic heart disease mortality" (Redução de sal na Inglaterra 2003-2011 : sua relação com a pressão arterial, acidente vascular cerebral e com a mortalidade na doença isquêmica do coração). 

Realizado no Wolfson Institute of Preventive Medicine, Barts and The London School of Medicine and Dentistry, Queen Mary University of London, London, UK e conduzido pelo Dr Feng J He e colaboradores, a pesquisa acompanhou um enorme contingente de sujeitos, com idade acima de 16 anos, entre os anos de 2003 e 2011, com o objetivo de determinar a relação entre a redução na ingestão de sal que ocorreu na Inglaterra nesse período, e as doenças cardiovasculares, citadas no título do trabalho.

Segundo resultados obtidos nesse importante e extenso estudo, publicado esta semana (14/04/14) no BMJ, importante jornal dedicado à publicações médicas, a principal causa de morte e incapacidade em todo o mundo, a doença cardiovascular, guarda enorme relação com a adoção de um estilo de vida e dieta saudável, com baixo consumo de sódio. 

Esse estudo observou o considerável impacto causado na saúde da população, desde que aquela nação, sob controle do Departamento de Saúde Britânico, a exemplo do que já havia ocorrido no Japão e na Finlândia, trabalharam com as empresas de alimentos industrializados e restaurantes, para limitar voluntariamente a inclusão do sódio, em seus produtos. 

Os resultados demonstraram o enorme impacto que a redução do sal, exerceram naquele país, no controle  da hipertensão arterial, na ocorrência do AVC ou acidente vascular cerebral e da doença isquêmica do coração e, sugeriu que os esforços precisam ser contínuos, nessa direção. Entretanto, observou-se que a dificuldade também está presente no consumidor, que acaba repudiando os produtos que obedecem a esse critério, pois o sabor fica prejudicado.

Uma vez que essas doenças não podem ser consideradas como parte inexorável do processo de envelhecimento, a adotação de hábitos de vida saudáveis, com a inclusão de exercícios físicos habituais e uma dieta alimentar com baixa ingestão de sódio, é um consenso, embora essa tarefa seja "trabalhosa" se considerarmos que, mesmo alimentos como pães integrias e sucos, podem conter uma pesada carga de sódio, sem mencionar as refeições prontas, dos frios e de todos produtos industrializados que estamos acostumados a consumir.

Assim, podemos observar que, mais do que leis federais, precisamos de iniciativas próprias no cuidado de nossa saúde, isso valendo para todas as escolhas. 

Fonte: He F.J. et al, Salt reduction in England from 2003 to 2011: its relationship to blood pressure, stroke and ischaemic heart disease mortality, BMJ Open 2014;4:e004549 doi:10.1136/bmjopen-2013-004549, vol 4, issue 4, http://bmjopen.bmj.com/content/4/4/e004549.full.
Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Sling Training