domingo, 1 de março de 2015

Niyama 4

YAMA
I. AHIMSÁ: Não Ferir, Não Matar, Não a qualquer tipo de Violência
II. SATYA - Verdade
III. ASTÊYA – Gosto pela Justiça- Não cobiçar ou roubar
IV. BRAHMÁCHARYA –  Não dissipação da Energia, Moderação
V. APARIGRAHA – Desapego, Não Possessividade

NIYAMA नियम
I.SAUCHAN – Limpeza, Purificação
II. SANTÔSHA संतोष  – Contentamento, Apreço por aquilo que se tem
III. TAPAS – Austeridade, Auto Superação (Dhriti - धृति)


Tatah pratyakcetanadhigamah api antarayabhavasca

Em seguida, o interior consciente é revelado e, ao conhecermos o Eu verdadeiro, os nossos obstáculos são reduzidos.
~Yoga Sutra I.29

“É preciso ficar sempre em estado de julgamento”.
~Le Corbusier – 1887- 1965, Arquiteto e Urbanista Francês.

Sva significa "si mesmo" e, adhyaya "educação de". Portanto, Svadhyaya é, na essência, a educação mediante a observação de si mesmo. Conhecer-se por observar-se.

A autovigilância tem um papel fundamental na transformação da consciência, uma vez que percebemos que ao tomarmos para nós a responsabilidade por nossos atos, também nos libertamos dos acontecimentos externos, que não mais determinam o nosso estado de ânimo.

Observar as próprias atitudes e pensamentos, assim como os sentimentos provocados aos exibi-los; aceitar-se mediante as próprias dificuldades e limites, mas sem estabelecer vínculos que impediriam a apropriada ação; compreender que estamos em um caminho de aprendizado contínuo e, queiramos ou não, comprometidos com o nosso próprio crescimento espiritual.

O desejo de criar mais significado e propósito à própria vida, deveria sempre começar pela reflexão da nossa relação intrapessoal, isto é, da relação de nós conosco mesmos, a fim de nos tormarmos mais capazes, calmos e autênticos, identificados com a nossa missão, que é nobre e divina. O relacionamento mais importante da nossa vida é conosco mesmo. Isso nos torna humilde, pois passamos a validar o nosso papel na vida, rompendo com o ciclo dos desejos e ao nos conhecermos melhor, ganhamos mais poder e domínio sobre nós mesmos, transformamos a nossa autoestima e as probabilidades em possibilidades e passamos a compreender mais aos outros.

No mundo das aquisições, a proposta do auto-estudo nos confere a possibilidade de diferenciar entre aquilo que nos é imprescindível, daquilo que é somente parte da ambição material e das exigências ambiciosas e desumanas das culturas sociais, em geral. Em uma análise sem hipocrisia, vemos que estamos acostumados a conviver com um mundo de excessos, onde o consumo de qualquer coisa, sejam alimentos, prazeres e até mesmo a forma como nos exercitamos, se tornaram instrumentos de poder e ostentação. Passamos a muito do ponto de ter o "suficiente".

Assim, nos aproximamos rápido demais das probabilidades e, em vista do esgotamento de tantas possibilidades, estamos vivenciando momentos de profundas mudanças estruturais no estilo de vida até hoje conhecido por boa parte da humanidade; mais e mais percebemos que as ações individuais contam e se espalham como uma brisa fresca, se imbuídas do bem e do altruísmo ou, opostamente como uma praga destrutiva frente à alienação e ao egoísmo.

Durante as práticas físicas, devemos confrontar as nossas ações executadas com concentração, com as sensações corporais e os sentimentos, uma vez que o Yoga é um processo contemplativo do nosso verdadeiro eu. Atentar aos nossos limites e aceitá-los com modéstia, para que a ação possa ser colocada no campo das possibilidades do momento. Enfim, construir autoconhecimento e educação e, "passo a passo, quando menos esperarmos, já estaremos do outro lado".

Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Treino em Suspensão

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