domingo, 30 de novembro de 2014

Yama 5


YAMA 5


I. AHIMSÁ: Não Ferir, Não Matar, Não a qualquer tipo de Violência. 
II. SATYA - Verdade 
III. ASTÊYA – Gosto pela Justiça- Não cobiçar ou roubar 
IV. BRAHMÁCHARYA –  Não dissipação da Energia, Moderação. 

V. APARIGRAHA- Desapego, Renúncia, Não Possessividade, Não Ganância ou Cobiça


"Agarigraha sthairye janmakathamta sambodhaha '' (Cap II Sutra 39)

Aparigraha = não-acumulação; Sthairye = estabelecido; Janmakathamta = de como nascimentos acontecem; Sambhodhaha = conhecimento.


"Tendo sido criado em não-acumulação, dá conhecimento de como nascimentos acontecem."

O último Yama, Código Universal do Comportamento Ético, listado por Patañjali, é Aparigraha, अपरिग्रह.


O termo refere-se ao limite da posse e domínio de qualquer natureza. Permanecer somente com aquilo que é necessário ou importante para uma existência evolutiva, certamente é o conceito menos praticado neste mundo tão material, onde justamente "sucesso", significa "posse". É o ser humano se sujeitando a ser mais um "produto" do sistema econômico que se baseia na ganância, quando estipula o seu próprio preço, em troca de domínio e poder.


Ao contrário de Asteya, que significa tomar para si o que é realmente necessário e nada mais.


O BUDISMO e quase todas as filosofias ou religiões orientais, pregam que o sofrimento humano reside no APEGO, que faz parte dos Klesas ou Obstáculos, que discutiremos posteriormente.


Aparigraha significa perseverança, austeridade e moderação para a libertação de todos os excessos, ganância, cobiça e poder, que não se limita somente aos bens materiais, mas também a situações e relacionamentos.

Praticar Aparigraha é viver naturalmente e sem resistência, aceitando o que a vida oferece, sem se corromper pelas "ilusões" deste mundo.


Aparigraha torna-se muito fácil de ser aplicado às nossas vidas quando nos conscientizamos que tudo o que pertence a este mundo material, incluindo o corpo e a mente, não é permanente. 


Nas nossas práticas físicas, este preceito refere-se ao apego aos resultados da prática, pois se assim for, nos tornaremos prisioneiros dos seus resultados. Durante as nossas práticas, Aparigraha nos remete ao caráter introspectivo do Yoga, ou seja, o de manter como foco principal as próprias sensações e emoções. O contentamento é percebido pela oportunidade de vivenciar o momento presente e em usufruir da expansão do autoconhecimento.


A prática do Yoga viabiliza um caminho mais suave, abordando a mente com sutileza e enaltecendo o corpo como templo de perfeição para esta nossa experiência. 


Preceito moderador: Devemos ter grande zêlo e cuidado com tudo aquilo que nos foi confiado nesta vida: querer muito bem valores inestimáveis, como o nosso corpo e nossa mente, pessoas e relacionamentos, assim como bens materiais que nos foram "confiados".



Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com

Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Treino em Suspensão

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