YAMA 5
I. AHIMSÁ: Não Ferir, Não
Matar, Não a qualquer tipo de Violência.
II. SATYA - Verdade
III. ASTÊYA – Gosto pela Justiça- Não cobiçar ou roubar
IV. BRAHMÁCHARYA – Não dissipação da Energia, Moderação.
V. APARIGRAHA- Desapego, Renúncia, Não
Possessividade, Não Ganância ou Cobiça
"Agarigraha sthairye
janmakathamta sambodhaha '' (Cap II Sutra 39)
Aparigraha =
não-acumulação; Sthairye = estabelecido; Janmakathamta = de como nascimentos
acontecem; Sambhodhaha = conhecimento.
"Tendo
sido criado em não-acumulação, dá conhecimento de como nascimentos
acontecem."
O último Yama, Código
Universal do Comportamento Ético, listado por Patañjali, é Aparigraha, अपरिग्रह.
O termo refere-se ao limite da posse e domínio
de qualquer natureza. Permanecer somente com aquilo que é necessário ou
importante para uma
existência evolutiva, certamente é o conceito menos praticado neste mundo tão
material, onde justamente "sucesso", significa "posse". É o
ser humano se sujeitando a ser mais um "produto" do sistema econômico
que se baseia na ganância, quando estipula o seu próprio preço, em troca de
domínio e poder.
Ao contrário de Asteya, que significa tomar
para si o que é realmente necessário e nada mais.
O BUDISMO e quase todas as filosofias ou religiões
orientais, pregam que o sofrimento humano reside no APEGO, que faz parte dos
Klesas ou Obstáculos, que discutiremos posteriormente.
Aparigraha significa perseverança, austeridade e moderação para a
libertação de todos os excessos, ganância, cobiça e poder, que não se limita somente aos bens materiais, mas também a
situações e relacionamentos.
Praticar Aparigraha é viver
naturalmente e sem resistência, aceitando o que a vida oferece, sem se
corromper pelas "ilusões" deste mundo.
Aparigraha
torna-se muito fácil de ser aplicado às nossas vidas quando nos conscientizamos
que tudo o que pertence a este mundo material, incluindo o corpo e a mente, não
é permanente.
Nas nossas
práticas físicas, este preceito refere-se ao apego aos resultados da prática,
pois se assim for, nos tornaremos prisioneiros dos seus resultados.
Durante as nossas práticas, Aparigraha nos remete ao caráter introspectivo do
Yoga, ou seja, o de manter como foco principal as próprias sensações e emoções.
O contentamento é percebido pela oportunidade de vivenciar o momento presente e
em usufruir da expansão do autoconhecimento.
A prática do
Yoga viabiliza um caminho mais suave, abordando a mente com sutileza e
enaltecendo o corpo como templo de perfeição para esta nossa experiência.
Preceito moderador: Devemos ter grande
zêlo e cuidado com tudo aquilo que nos foi confiado nesta vida: querer muito
bem valores inestimáveis, como o nosso corpo e nossa mente, pessoas e
relacionamentos, assim como bens materiais que nos foram "confiados".
Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/
Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Treino em Suspensão