domingo, 30 de novembro de 2014

Enriquecendo o nosso caminho






Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Treino em Suspensão

A Meditação e o Yoga




A Meditação é o fogo que promove a queima de seus pensamentos, desejos, memórias; ela queima o passado e o futuro; queima a mente e o ego. Ela retira tudo o que você acha que você é. É uma morte e um renascimento, uma crucificação e uma ressurreição. Você nasce de novo. Você perde totalmente a sua identidade antiga e alcança uma nova visão da vida. "

Meditation is fire - it burns your thoughts, your desires, your memories; it burns the past and the future. It burns your mind and the ego. It takes away all that you think that you are. It is a death and a rebirth, a crucifixion and a resurrection. You are born anew. You lose your old identity totally, and you attain to a new vision of life." 

~Osho, (1931 - 1990), professor de Filosofia, místico e guru indiano e controverso mestre espiritual.

São muitos os apelos que fazem uma pessoa decidir por praticar o Yoga e/ou a Meditação, mas a boa notícia é que isso é o que menos importa. Se a prática for feita com disciplina, determinação e atenção às sensações e emoções despertadas, o resultado da prática poderá ser "transformador".

No nosso âmago reside um ser que anseia por harmonia e que conhece a necessidade de reconectar o seu físico e sua mente, com níveis mais profundos de integridade e salubridade.

Mas como se beneficiar da Meditação, que requer o "silêncio do corpo" e, da mesma forma, se beneficiar do Yoga, uma prática onde o corpo mantem-se em atividade? Bem, ambas as práticas se conjugam na autotransformação através da auto-observação. 

Buda ensinou que o corpo físico, em constante mudança e sempre tomado por sensações, é um instrumento perfeito para a compreensão de nós mesmos e do nosso espaço no mundo. Ambas as práticas, o Yoga e a Meditação, tem como essência a investigação da própria natureza, sendo esse o seu verdadeiro objeto de concentração. Durante ambas, a disciplina, a determinação, o foco na vivência, na execução e nas sensações e a atenção nas emoções e julgamentos despertados, nos permitirá aprender com os altos e baixos do momento e aceitá-los também na nossa vida, com recursos internos suficientes para resolver esses desafios. Assim, a paz, objetivo final de ambas as práticas, se dá com o encontro da energia sagrada que anima o corpo e a mente, nos transformando de dentro para fora.

Enfim, através de caminhos distintos, emergimos em um mesmo afluente de benefícios: a manifestação de níveis crescentes de consciência e atenção plena, auxílio necessário para sairmos da incessante "tagarelice" da mente e excesso de sensibilidade física e sermos mais presentes, observadores dos nossos sentimentos, pensamento e atos, mais preparados para retomar o controle necessário de nossas escolhas e da nossa vida.

Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Treino em Suspensão


Yama 5


YAMA 5


I. AHIMSÁ: Não Ferir, Não Matar, Não a qualquer tipo de Violência. 
II. SATYA - Verdade 
III. ASTÊYA – Gosto pela Justiça- Não cobiçar ou roubar 
IV. BRAHMÁCHARYA –  Não dissipação da Energia, Moderação. 

V. APARIGRAHA- Desapego, Renúncia, Não Possessividade, Não Ganância ou Cobiça


"Agarigraha sthairye janmakathamta sambodhaha '' (Cap II Sutra 39)

Aparigraha = não-acumulação; Sthairye = estabelecido; Janmakathamta = de como nascimentos acontecem; Sambhodhaha = conhecimento.


"Tendo sido criado em não-acumulação, dá conhecimento de como nascimentos acontecem."

O último Yama, Código Universal do Comportamento Ético, listado por Patañjali, é Aparigraha, अपरिग्रह.


O termo refere-se ao limite da posse e domínio de qualquer natureza. Permanecer somente com aquilo que é necessário ou importante para uma existência evolutiva, certamente é o conceito menos praticado neste mundo tão material, onde justamente "sucesso", significa "posse". É o ser humano se sujeitando a ser mais um "produto" do sistema econômico que se baseia na ganância, quando estipula o seu próprio preço, em troca de domínio e poder.


Ao contrário de Asteya, que significa tomar para si o que é realmente necessário e nada mais.


O BUDISMO e quase todas as filosofias ou religiões orientais, pregam que o sofrimento humano reside no APEGO, que faz parte dos Klesas ou Obstáculos, que discutiremos posteriormente.


Aparigraha significa perseverança, austeridade e moderação para a libertação de todos os excessos, ganância, cobiça e poder, que não se limita somente aos bens materiais, mas também a situações e relacionamentos.

Praticar Aparigraha é viver naturalmente e sem resistência, aceitando o que a vida oferece, sem se corromper pelas "ilusões" deste mundo.


Aparigraha torna-se muito fácil de ser aplicado às nossas vidas quando nos conscientizamos que tudo o que pertence a este mundo material, incluindo o corpo e a mente, não é permanente. 


Nas nossas práticas físicas, este preceito refere-se ao apego aos resultados da prática, pois se assim for, nos tornaremos prisioneiros dos seus resultados. Durante as nossas práticas, Aparigraha nos remete ao caráter introspectivo do Yoga, ou seja, o de manter como foco principal as próprias sensações e emoções. O contentamento é percebido pela oportunidade de vivenciar o momento presente e em usufruir da expansão do autoconhecimento.


A prática do Yoga viabiliza um caminho mais suave, abordando a mente com sutileza e enaltecendo o corpo como templo de perfeição para esta nossa experiência. 


Preceito moderador: Devemos ter grande zêlo e cuidado com tudo aquilo que nos foi confiado nesta vida: querer muito bem valores inestimáveis, como o nosso corpo e nossa mente, pessoas e relacionamentos, assim como bens materiais que nos foram "confiados".



Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com

Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Treino em Suspensão