quinta-feira, 7 de agosto de 2014

O Controle das Emoções e a Meditação




"A Meditação é o fogo que promove a queima de seus pensamentos, desejos, memórias; ela queima o passado e o futuro;  queima a mente e o ego. Ela retira tudo o que você acha que você é. É uma morte e um renascimento, uma crucificação e uma ressurreição. Você nasce de novo. Você perde totalmente a sua identidade antiga e alcançar uma nova visão da vida. "

~Osho, (1931 - 1990), professor de Filosofia, místico e guru indiano e controverso mestre espiritual.

Meditation is fire - it burns your thoughts, your desires, your memories; it burns the past and the future. It burns your mind and the ego. It takes away all that you think that you are. It is a death and a rebirth, a crucifixion and a resurrection. You are born anew. You lose your old identity totally, and you attain to a new vision of life."

O controle emocional ou a capacidade de regular positivamente as respostas emocionais  sem perder o foco em um objetivo, ajuda a determinar o desempenho e sucesso tanto nas relações pessoais como na vida profissional.



Também é sabido que o descontrole psicológico leva a diversas reações químicas no cérebro e que, em geral, são causadas por ruminações mentais e perspectivas irrealistas que se desdobram em ansiedade, expectativas, raiva, arrependimento, frustração, medo e baixa autoestima, provocando o aumento das taxas de hormônios ligados ao stress, como a adrenalina (fonte para as nossas respostas de luta ou fuga) e o cortisol. Um estudo conduzido pela Yale University, em Connecticut, USA, constatou que o stress, quando mantido por períodos prolongados, provoca degeneração na área do cérebro responsável pelo auto-controle, o que desequilibra toda a fisiologia, com prejuízos físicos e mentais, inevitáveis e abrangentes.



Na realidade, o corpo humano foi preparado para experimentar o stress moderado e intermitente, comprovado inclusive por uma pesquisa conduzida pela Dra Elizabeth Kirby da Universidade da Califórnia em Berkeley, que descobriu que esse sentimento, quando eventual e não mantido, isto é, bem administrado pelo nosso auto-controle, estimula o crescimento de novas células, responsáveis pela melhora da memória. Poderiamos dizer que esse tipo de stress são os desafios que captam a nossa atenção e exigem empenho temporário.



Tomando como base estudos científicos do gênero, cada vez mais os profissionais da área da saúde recomendam a prática regular da meditação que, comprovadamente, oferece benefícios à aspectos da cognição, assim como às capacidades intelectuais, sem envolver qualquer risco ou efeito colateral, uma vez que a condição racional do praticante, está sempre presente. Só é preciso treinar a mente a valorizar esse estado e permitir que tudo aconteça a nível da consciência.



Sem dúvida, os compromissos cotidianos nos afasta desse tipo de atividade, mas é importante aprender a não ceder às pressões. Com a disciplina da prática, três resultados desejáveis logo podem ser percebidos: o nosso ponto de ruptura emocional se distancia e temos maior controle de nossas reações; no caso de chegarmos a esse ponto de ruptura, a consciência já disperta, por si só nos possibilitará retomarmos o controle muito mais rápido; e, o mais desafiador dos três: os estados de tensão são cada vez menos mantidos em nosso corpo emocional.



Meditação nada mais é do fechar os olhos e abrir-se de coração à simples experiência de navegar dentro de si mesmo. O fato de oferecermos uma fração do nosso tempo para contemplar o nosso estado de paz interior e de cultivar uma atitude de gratidão, desempenha um papel importante no desempenho cognitivo e no risco de diversas doenças. Somente por essa atitude, já é o suficiente para quebrar o ciclo do stress e fazer dele, um estado intermitente. Com a prática, passamos a interagir com esse estado de paz e a nos comportar de forma mais consciente. Concentrados no momento, desenvolvemos um estado de atenção plena, característica fundamental para a ampliação do autoconhecimento. A nossa concentração é beneficiada, assim como a memória, pela ampliação do descarte das informações e dos sentimentos que não são úteis, mas que estão lá, reduzindo essas capacidades. Enfim, um grande passo na gestão das emoções, que envolve um monólogo interno: a nossa mente tem que aprender a escutar e observar.



Ao iniciar pela atenção e abrandamento do ritmo respiratório, já alteramos todo o funcionamento da mente, preparando-a para usufruir do refazimento da energia vital. A postura corporal apropriada é outro fator facilitador para se alcançar os benefícios da prática e assim, mesmo quando o praticante opta por meditar deitado, o alinhamento da coluna vertebral é fundamental para usufruir da mesma como um canal circulatório de energia.



Como o momento não requer qualquer esforço do praticante, a não ser a sua própria disposição e permissão para que ele aconteça, a ascensão da perturbação, dos desejos egóicos, das fraquezas e de tudo o que envolve as exigências do mundo material, acontece inevitavelmente. A alma reconhece que há paz quando flui para o estado natural e imperturbável; que a felicidade encontrada no momento é muito maior do que a causada por bens e situações, sempre impermanentes, do mundo material; que o poder está sempre a serviço de um coração mais calmo e seguro de si.



E esse é todo o efeito positivo que a meditação oferece para a saúde: uma forma incrivelmente poderosa e rápida de encontrar mais equilíbrio e de curar as feridas do nosso coração, que a tudo se ressente. Os nossos batimentos cardíacos e a pulsação universal, se alinham e se tornam uma unidade.

Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com

Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Treino em Suspensão

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