sábado, 16 de agosto de 2014

Massagem





Embora muitas pessoas e, habitualmente os atletas, já tenham testemunhado os efeitos da massagem no alívio da dor, promoção e recuperação da saúde e na performance, os seus efeitos biológicos no tecido esquelético permaneceram sem clara comprovação no meio científico por longo tempo. Contudo atualmente, já podemos considerar haver base sólida o suficiente para sustentar todos benefícios percebidos por seus adeptos.

Recentemente, um novo estudo envolvendo cientistas do Instituto Buck de Pesquisa do Envelhecimento e da Universidade McMaster, em Hamilton, Ontário, publicou  na revista Science Translational Medicine, que a massagem tem a capacidade de reduzir a inflamação a nível celular e promover o crescimento de novas mitocôndrias no músculo esquelético. 

O estudo envolveu a análise genética de biópsias musculares retiradas do quadríceps de onze jovens do sexo masculino, recrutados na própria universidade. A análise ocorreu em ambas as pernas, embora somente uma das pernas era a escolhida para ser massageada, em 3 momentos: antes dos  participantes se exercitarem até a exaustão em uma bicicleta estacionária, imediatamente após 10 minutos de massagem e, após um período de 2,5 horas de recuperação.

Simon Melov, PhD do Instituto Buck, responsável pela análise genética das amostras de tecido, pode verificar que a massagem diminuiu as citocinas inflamatórias nas células musculares (moléculas envolvidas na emissão de sinais entre as células durante o desencadeamento das respostas imunes) e promoveu a biogênese das mitocôndrias (unidades produtoras de energia nas células), levando-o a acrescentar à sua análise que a massagem ativava o mesmo mecanismo visado ​​pelas drogas anti-inflamatórias. 

Mark Tarnopolsky MD e PhD, autor principal do estudo, declarou que a pesquisa forneceu evidências suficientes para validar a massagem como uma prática médica apropriada para uma uma ampla gama de necessidades individuais, incluindo aqueles com lesões músculo-esqueléticas, os idosos e pacientes com doenças inflamatórias. Ele cita que, embora os benefícios percebidos sejam imediatos, a terapia a longo prazo poderá conferir a redução da dor crônica e a melhora da amplitude dos movimentos.

Outros benefícios, não aqui observados, também poderiam ser citados, tais como: melhoria na circulação, aumento do hormônio oxitocina, responsável pelo relaxamento, decréscimo da PA (pressão arterial), mobilização dos tecidos e quebra da fibrose na fáscia e intersticial, pela liberação das nodosidades ou trigger points, permitindo que o sistema muscular e venoso retome à homeostase e sua função de drenar os resíduos metabólicos tóxicos acumulados, acrescendo à regeneração, o benefício da drenagem. Assim tem participação fundamental em todo tratamento conservador ou programa de analgesia, necessidade também do portador de dores crônicas.

Durante a minha especialização em Fisioterapia Esportiva, eu me aprofundei na prática da Massagem Esportiva e Terapêutica, o qual realizo com bons resultados, pois auxilia na recuperação dos processos inflamatórios oriundos do excesso de  tensão e espasmo muscular e que comprometem a fisiologia músculoesquelética no ciclo contração/relaxamento. 

Falaremos mais desse tipo de massagem, em um próximo texto. 

Texto: Claudia B.; Fonte Complementar: Buck Institute for Research on Aging. "Massage reduces inflammation and promotes growth of new mitochondria following strenuous exercise, study finds." ScienceDaily, 1 February 2012. .

Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Treino em Suspensão

Nenhum comentário:

Postar um comentário