Todos
nós diariamente, somos assolados por inúmeras obrigações, responsabilidades,
horários, pressões e cobranças que, desde muita tenra idade, já acumula tensões
que comprometem a nossa saúde mental e física.
Em
uma sociedade onde se idolatra o sucesso do poder e da posse e que subverte a
saúde à mera "aparência", o YOGA surge como uma opção que não agrida
ainda mais. Sem fazer distinção diante da idade ou do condicionamento físico, a
prática se apresenta imparcial e possível a todos, uma vez que considera que o
fundamental é a determinação, a disciplina e a aceitação de si mesmo diante das
dificuldades.
Paulatinamente,
essa forma de desafiar o corpo físico ensina-nos que um exercício físico pode
conter muito mais do que simples movimentos e que isso, inclusive, poderia ser
considerado uma forma de subutilizar a técnica, que é tão rica de ensinamentos,
que embora apresentados em mensagens simples, podem nos levar à encarar a vida
e os fatos, sob uma nova ótica.
Na
realidade, o Yoga é uma escola espiritual que contém, dentre as suas muitas
vertentes, as práticas físicas.
As
questões humanas quanto ao mistério que cerca o sentido da vida não é recente,
e desde os primórdios, o ser humano percebeu a sua necessidade em evoluir. Para
tanto, a mente deveria ser disciplinada a restringir o emaranhado de
pensamentos que, comumente limitados e repetitivos, a tornava circunscrita ao
acomodamento e à ilusão da própria supremacia. Em oposição, ela deveria se tornar
um bom instrumento, com pensamentos claros, organizados, calmos e ao mesmo
tempo, dinâmica como a vida exige.
Diante
dessa grande tarefa, perceberam que seria muito mais fácil atingir camadas
profundas, como a mente e o intelecto, através do corpo físico, mais óbvio de
ser percebido e observado, o que resultaria também no condicionamento da mente,
mais disposta a transformar pressões em desafios, desafios em
auto-aperfeiçoamento.
Opostamente
à cultura da competição, do individualísmo e do descartável, o Yoga nos pede o
afastamento de qualquer gênero de comparação e egocentrismo, requerendo a
aceitação, paciência e generosidade consigo mesmo, assim como, confiança e
concentração em cada tarefa proposta, características que farão a diferença na conquista
de seus benefícios.
E é
através dos exercícios respiratórios, Pranayamas, que iniciamos a nossa viagem
interior, rumo ao auto conhecimento, melhorando o fluxo prânico (energético) e
preparando os acessos que darão à nossa coluna vertebral, todas as condições de
explorar as suas possibilidades daquele dia, diante dos Asanas (posturas).
Assim, entramos no segundo momento, quando a respiração, que já está se dando de
forma consciente e ritmada, passa a orquestrar a execução dos movimentos. Músculos,
ligamentos e tendões são sistematicamente trabalhados, exigindo e propiciando uma
melhor oxigenação do sangue, beneficiando todos os órgãos internos, fazendo com
que, todos os sistemas (circulatório, respiratório, digestório, imunoendócrino),
sejam beneficiados.
Os
movimentos são precisos e conscientes, equilibrados e terapêuticos e devem ser
executados respeitando-se as limitações articulares e patologias existentes
que, com a prática, poderão ser minimizadas ou mesmo, erradicadas.
Algo
que se faz muito oportuno é mencionar que os exercícios físicos, independente
do seu grau de dificuldade de execução, surtirão efeito benéficos e assim, não
devem ser subvalorizados.
Ao
final, faremos um relaxamento que tem o propósito de permitir que corpo e mente
assimilem os benefícios da prática, assim como também acalmar os sistemas
envolvidos, normalizando a circulação e a pressão arterial e preparando o
praticante para o retorno às suas atividades rotineiras.
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O YOGA é
basicamente muito simples e nos sugere afastarmo-nos de tudo aquilo que seja
desnecessário. As crianças são naturais, até mesmo inocentes, mas os adultos se
tornam complexos e poucos naturais.
Se
utilizarmos o YOGA para aumentar essa complexidade, tornaremo-nos ainda menos
naturais.
Os grandes e
clássicos mestres do YOGA ressaltam que, com
o desenvolver de seu próprio caminho, as técnicas perdem a sua importância.
Em outras palavras, o objetivo não consiste em aprender cada vez um número
maior de asanas, mas em compreender o seu fim e utilizá-los muito bem.
Nunca esqueça que
o YOGA é uma auto-realização. Ouça o que o seu instrutor tem a dizer, mas
lembre-se que a decisão final é sua.
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Namastê!
Claudia
Claudia B.,
c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação:
Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento
Funcional – Sling Training
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