O mau alinhamento nos membros inferiores acomete
principalmente as mulheres e, como regra, acaba por envolver o “aparelho extensor”,
conjunto de estruturas composto pelas articulação femoropatelar, femorotibial,
ligamentos, capsúla, meniscos, tendão ou hoje denominado de ligamento patelar,
e os músculos do quadríceps.
Seja por problemas estruturais, ortopédicos, hábitos posturais, uso
de calçados inadequados, enfraquecimento muscular ou sobrecarga por excesso de treino ou peso corporal, as pessoas com genu valgo ou
joelho em “x”, apresentam um aumento do
ângulo Q (ângulo quadricipital), fazendo com que a congruência entre a tróclea femoral
e a patela, seja perdida.
Com o advento do exame de Ressonância Nuclear Magnética
Dinâmica, foi possível observar que mediante a flexão do joelho, o fêmur roda medialmente
fazendo com que o contato da patela com o seu "trilho" seja perdido, isto é, deslocado e não como se
acreditava, a ocorrência do arrastamento da patela para a lateral . Isso, associado à
hipotrofia muscular dos membros inferiores e a ativação tardia do músculo VMO
ou Vasto Medial Oblíquo e mediante a da quantidade de energia cinética
despendida no movimento, de forma cumulativa, poderia justificar dores
insidiosas, que podem evoluir para dores mais intensas, edemas, amolecimento da
cartilagem ou condromalácia, lesões condrais significativas ou osteoartrose, cronificação ou
mesmo incapacitação.
Assim, como foi observado no exame, a ineficiência ou retardo ou mesma
inatividade do Músculo Vasto Medial Oblíquo, pode contribuir para a disfunção
patelo-femural, mas não pode ser o único fator responsável. O treinamento deve ser do quadríceps como um todo, com ênfase nos músculos do quadril.
Na literatura, ainda há controvérsias sobre a ação muscular na estabilização patelar. Alguns trabalhos sugerem que o desequilíbrio da atividade elétrica do músculo VMO é o que levaria à sua ineficiência, outros não observaram este fato e simplesmente acreditam no desuso desse músculo e assim, a sua atrofia e ineficácia em seu papel.
Na literatura, ainda há controvérsias sobre a ação muscular na estabilização patelar. Alguns trabalhos sugerem que o desequilíbrio da atividade elétrica do músculo VMO é o que levaria à sua ineficiência, outros não observaram este fato e simplesmente acreditam no desuso desse músculo e assim, a sua atrofia e ineficácia em seu papel.
De qualquer forma, o afrouxamento das estruturas de
contenção medial do joelho, faz com que a ação muscular seja insuficiente para
segurar a patela em seu “trilho”. Assim, justifica-se o nosso especial interesse e trabalho
insistente durante as aulas, nos músculos estabilizadores do quadril, em
especial os glúteos médio e mínimo, adutores e rotadores laterais.
Claudia B.,
c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação:
Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento
Funcional – Treino em Suspensão
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