O corpo humano foi concebido para exibir todo o seu potencial com
máxima eficiência e, ainda, desenvolver e incorporar novas habilidades.
Frente a um programa de treinamento, espera-se então a ampliação
gradativa de suas possibilidades com positivas adaptações na estrutura
músculo-esquelética, assim como a melhora no sistema sensório-motor,
capacitando todo o corpo a uma nova organização.
Para tanto, a recuperação orgânica e o refazimento energético, são
essenciais. A alimentação adequada implicará na eficiência da resposta
insulínica e na recuperação dos níveis de glicogênio muscular. A boa qualidade
do sono auxiliará na reconstrução articular, óssea e muscular, melhorando as
respostas fisiológicas. Enfim, o nível adequado de exercício, a boa alimentação
e o descanso recuperador (que inclui a meditação, o sono, e o bom convívio
social), são os pilares que sustentam a boa saúde e qualidade de vida.
Já quanto às alterações posturais anatômicas, causam inevitáveis consequências
a longo prazo. Por exemplo, uma articulação que funciona com a alteração no seu
eixo de distribuição de carga, terá uma menor área para dissipação das forças e
assim, sobrecarga com atrito focal, potencializando o desequilíbrio funcional
de todas estruturas, ascendentes e descendentes, envolvidas, como: cartilagem,
ossos, tendões, ligamentos, bursas. Assim, um looping entre causa e
consequência é criado, uma vez que qualquer alteração no sistema de
amortecimento, levando a alterações na anatomia e na relação entre as partes - discos/vértebras,
cartilagem/articulações.
Sempre que nos referirmos a articulações, devemos ter em mente que
o grau de movimento, deve ter como objetivo, contribuir para a mobilidade. O
trabalho controlado da amplitude articular, pode ativar favorávelmente as
fibras musculares que suportam essa articulação. Músculos que trabalham em
amplitudes máxima perdem muito do controle e da força, impondo aos ligamentos uma
resistência excessiva.
Mesmo aqueles praticantes que apresentam uma condição articular favorável,
devem realizar os exercícios com amplitudes controladas, possibilitando a
ativação muscular favorável à proteção articular. Frente à utilização de
sobrepesos, os cuidados devem ser redobrados, uma vez que haverá a exacerbação
da estimulação.
Por fim, vale ressaltar a importância anatômica, isto é, se as estruturas
ósseas estimulam deformidades, desgastes, dores agudas, dores e inflamações
crônicas, frouxidão nos ligamentos e derrames nas cápsulas articulares,
comprometendo ainda mais o alinhamento e suporte estrutural e,
consequentemente, a biomecânica.
Claudia B.,
c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação:
Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento
Funcional – Treino em Suspensão
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