O Yoga é um dos tesouros mais preciosos da Índia antiga e encanta
pela riqueza, abrangência e legado de ensinamentos, pautando a existência de
seus seguidores.
Tem por filosofia básica que o simples é melhor do que o
complicado, mas convida os seus seguidores a ir além da conformidade ou
mediocridade que atenta à humanidade. Em troca, oferece aos seus adeptos,
benefícios que lhes revelam todo um repositório de conhecimento espiritual,
conteúdo verdadeiro de todo o ser.
Os benefícios da "prática física" são
inquestionáveis e, sem dúvida, já inspiraram diversos mestres que desenvolveram
os seus próprios métodos (como foi o caso de Joseph Pilates, criador do método
que atualmente leva o seu nome). Dentre esses benefícios, poderíamos citar o
aumento da consciência corporal, resistência muscular, cardiorrespiratória e
circulatória, melhora do equilíbrio, da atenção, memória e concentração. Porém,
esses atributos não estabelecem a importância dessa abrangente filosofia.
O Yoga nasceu como uma "escola espiritual", mas com
a ideia da integralidade que é o ser humano. Assim, naturalmente percebeu a
importância de agregar algumas práticas físicas à riqueza de seu conteúdo
filosófico e espiritualista. Foi assim que, com o objetivo de estabelecer
"unidade" às diversas camadas do ser humano, que o Yoga completou
seus ensinamentos com as práticas físicas, reconhecendo que o anseio pelo
entendimento necessita de uma consciência espiritual, que necessita da saúde
mental e desenvolvimento do intelecto e que necessita de um corpo físico forte
e autônomo. Assim, o corpo físico, como invólucro e veículo para essas tantas
camadas, necessita de louvor e cuidados, no entanto, este é apenas um lado do
Yoga e não sua forma completa.
Como "escola espiritual", o Yoga nos mostra o
caminho da devoção para o conhecimento profundo. Este caminho leva
automaticamente para o desenvolvimento físico, mental e intelectual e a todas
estas camadas compete e execução das ideias, o desenvolvimento do espírito e o
cumprimento e a completude do propósito individual de cada existência.
Observando a história da humanidade e vivendo na sociedade
atual, percebemos o quão difícil é seguir os dois primeiros princípios do
Ashtanga Yoga, ou seja, os "Yama" e os "Niyama", que aconselham
e esperam resistência às paixões. Vivemos claramente, dias de falta de
dedicação à consciência espiritual, de desrespeito e de discriminação mediante
a desigualdade, do ódio e de tantas "deformidades" que mancham a
política, os tribunais, as religiões, a educação, a prestação de serviços.
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