sexta-feira, 27 de junho de 2014
Yoga, Meditação, Saúde e Crescimento Emocional IV
Sabemos o quanto é importante, poder desfrutar de uma vida
plena e com saúde, do contrário, nada acontece com naturalidade e sem
sofrimento. Assim, desde o princípio da humanidade, percebeu-se a necessidade de
alcançar paz mental e a saúde física para então, o ser se desenvolver mais
plenamente.
Originado há mais de 5000 anos, o Yoga foi introduzido na América
no final do século XIX e, embora apresentando-se como uma escola filosófica com
fundamentos espiritualistas, também
abordou práticas físicas, com um único propósito de disciplinar a mente.
"Yoga é a cessação dos turbilhões da mente".
O objetivo maior do Yoga é inibir os movimentos inúteis e
repetitivos da mente (manas), fortemente influenciado pelo ego (ahamkara),
mediante às suas impressões e noções de vida em sociedade, que essencialmente define
como o seu objetivo principal, a conquista de bens materiais e poder. O
turbilhão de exigências e energia que esse propósito demanda, inibiria a
manifestação de nossa inteligência (buddhi), em toda a sua atenção e presença,
fundamental para a expansão da consciência, único caminho que possibilita o
"eu" verdadeiro a alcançar o estado de samadhi: plenitude,
iluminação, transcendência.
Hoje, há diversas publicações científicas que corroboram com
a eficiência do Yoga, seja como caminho para a saúde física, seja para um
estado de equilíbrio emocional. Assim, a comunidade de praticantes no mundo
continua a crescer, embora isso também tenha disseminado distorções em sua
essência, mediante técnicas inovadoras que envolvem potencial risco para a
integridade de seu praticante.
B.K.S. Iyengar, grande e iluminado mestre indiano ainda vivo,
sintetizou esse ensinamento, da seguinte forma:
“A saúde começa com a firmeza do
corpo, aprofunda-se até a estabilidade emocional, conduz a clareza intelectual,
à sabedoria e, finalmente, ao desvelar da Alma”.
Assim devemos fundamentar as nossas ações e pretensões, como
praticantes: entendendo que o Yoga é muito mais do que dominar a execução de
certas posturas, mas é um estado de espirito daquele que empenha os seus
esforços, incessantemente, para promover o equilíbrio físico e mental, para si e
para os outros.
Equanimidade, constância, equidistância, ou seja, manter-se no
caminho do meio, com o equilíbrio de
suas ações, são preceitos primordiais para aquele que se dedica à prática sem
se render à sua própria vaidade ou aos frutos do seu trabalho.
Claudia B.,
c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação:
Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento
Funcional – Treino em Suspensão
Marcadores:
Yoga e Meditação
A Boa Postura Frente às Aulas
O Comitê de Postura da American
Academy of Orthopaedic Surgeons (AAOS), definiu postura como, “o arranjo
relativo das partes do corpo".
Manter a
atenção à postura é um ponto fundamental, orientado e reforçado a cada aula, movimento
e troca de posição, pois só com o alinhamento do eixo
de gravidade do corpo, o aluno poderá melhorar o seu equilíbrio,
coordenação, capacidade respiratória e, consequentemente, o suprimento de
oxigênio no sangue, atenuando os efeitos do desgaste natural e podendo alcançar
as transformações e os benefícios dos exercícios.
A correta atitude postural poderia ser explicada como um estado de
equilíbrio muscular e esquelético, suficiente para proteger os órgãos internos
e as estruturas de suporte do corpo contra lesão, deformidades e desgastes acelerados,
durante os movimentos. Embora a gravidade seja essencial para todos os processos
do nosso corpo, ela representa um desafio para a manutenção da postura. Quando
o corpo cede a essa gravidade ou se rende ao cansaço, os desalinhamentos podem
ocorrer, levando o corpo a exceder o gasto energético que seria necessário para
aquela atividade.
A médio e longo prazo, a ocorrência
desses desarranjos do esqueleto, ósseo e muscular, e os
desequilíbrios biomecânicos, acelera a
desidratação dos discos intervertebrais, o decréscimo da densidade
mineral óssea nas vértebras, o enfraquecimento
dos músculos que sustentam a coluna e a caixa torácica, os desvios posturais, os abaulamentos discais, as hérnias
de disco, as espondilolisteses, legando dores e desconfortos para as atividades do dia a dia, que podem
cronificar-se. No caso de manter-se uma postura inadequada durante os
esforços do treino e em atividades esportivas, todo
esse quadro descrito é exponencialmente aumentado.
Em seu percurso, a coluna vertebral possui dois tipos de curvas
antero-posterior, que são fisiológicas e que se repetem alternadamente: a
lordose, na região cervical e lombar e a cifose, na região torácica e sacral. Como mediante a
desvios, a musculatura e as articulações tem que rever o seu posicionamento e
função, entende-se que qualquer alteração em uma dessas curvas, modificará a
resposta de todas as outras.
As ocorrências mais comuns é a exacerbação dessas curvas:
hiperlordose e hipercifose e a escoliose, provocada pelos posicionamentos
comuns da vida moderna, sendo uma deformidade tridimensional, caracterizada pela
ocorrência associada da extensão, inclinação e rotação da coluna, derivando em
um desvio lateral. Sem a atenção devida, com exercícios que estimulem a
correção e a estabilização do alinhamento vertical, ao longo do tempo pode ocorrer
desgastes assimétricos, em virtude das deformações ósseas causadas pela má
distribuição de peso, acelerando os desgaste e desidratação nas cartilagens
fibrosas, como os meniscos nos joelhos e os discos intervertebrais, assim como
também das cartilagens hialina, presente nas demais articulações, com todas as
suas consequências. Por exemplo, a situação de compressão dos discos
intervertebrais que diminui os espaços entre as vértebras, pode alterar a circulação sanguínea em toda a região
abdominal e pélvica, propiciando a retenção de líquidos e gordura na
região, provocando o enfraquecimento da musculatura
abdominal, acompanhada frequentemente do aumento excessivo da convexidade da
coluna lombar. Paralelamente, pode ocorrer o aparecimento da temida celulite,
nessa região.
Ainda, a eficiência respiratória está diretamente ligada
diretamente à postura corporal, fator que influencia diretamente a atenção, a
concentração, o raciocínio e o estado emocional. Todo o trabalho, mental ou
físico, se torna muito mais oneroso e extenuante.
Enfim, seja qual for o grau e resultado desse “desarranjo” postural, é
fundamental que haja um trabalho corretivo consistente e rotineiro, com o
fortalecimento da musculatura antigravitacional, o alongamento muscular e a
mobilidade intra-articular.
Fonte Vídeo:
www.youtube.com/watch?v=RIhgnKADd4U
Claudia B.,
c.pilatesyoga@gmail.com
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Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento
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