"Voce deve ser a mudança que deseja ver no mundo"
You must be the change you wish to see in the
world.
Dando continuidade ao texto publicado em 16/08/2014, Yama e
Niyama...
Os Yama e Niyama, encontram-se descritos na obra "Yoga Sutras", do sábio indiano Patañjali, um dos textos sobre o Yoga, mais antigos (entre os
anos de 200 aC e 400 dC). Através de 196 versos (sutras ou linhas), ele "expõe" os fundamentos compilados para que possamos usufruir da prática, com
sabedoria. A finalidade é de, com paz, equilíbrio e
alegria, possamos avançar nesta vida, que nada mais é do que um caminho de
aprendizados, rumo a evolução.
YAMA: Retreinando os Nossos Comportamentos
A
tradução da palavra YAMA é Domínio ou Rédea. Constituem normas éticas milenares
ou mandamentos universais, que tem por fim nos alertar sobre a confusão mental
e as tendências egoístas, assim como da necessidade de nos mantermos a disciplina
e autodomínio, para dar direção aos nossos caminhos, propósitos e dons.
"Nenhuma vocação nasce de si nem vive para si". Coexistir
harmoniosamente conosco e com a sociedade é fluir pela vida e servir para o
bem-estar coletivo.
Em inúmeras escrituras, incluindo a Shandilya e Varaha Upanishads,
o Hatha Yoga Pradipika
de Gorakshanatha e do Tirumantiram de Tirumular,
os YAMA são codificados como "As dez
restrições". Entretanto, Patañjali subdividou-as em
cinco YAMA e cinco NIYAMA, como
estudaremos futuramente.
Os dois primeiros Yama, são tidos como
os "primordiais" ou sustentáculos para a realização dos três Yama
restantes, assim como dos cinco Nyama que os seguem.
I. AHIMSÁ ( अहिंसा ) - Não Ferir, Não Matar, Negar qualquer
tipo de Violência
A = não; Himsa = dano ou injúria.
A abstinência do sentimento e do ato de agressão, que
surge naturalmente do amor, pode ser vivenciado através da bondade, compaixão (Daya- दया ) e tolerância, características que, quanto mais praticamos,
mais se fortalecem e exprimem o reconhecimento para com o nosso próprio espírito, expressão do
"Criador".
O posicionamento alimentar somente as intenções e ações mais nobres ou superiores. O amor
poderia ser considerado como o princípio, o meio e o fim de
tudo e, o cumprimento da nossa
missão, o propósito da vida.
Mas como limpar a mente dos maus pensamentos que destroem a
paz e envenenam o nosso corpo físico e emocional? Patanjali nos
responde com: "PRATIPAKSHA BHAVANA" (प्रतिपक्ष भावना: PRATI
= oposto; PAKSHA = posição, ponto de vista; BHAVANA = pensar ou estado de
pensar). O termo todo literalmente significa "mover-se na direção oposta",
ou seja, mediante uma manifestação
inadequada da mente, buscarmos outro pensamento em total oposição, banindo o hábito ruim, rançoso e ruminante, antes que
ele se "desenvolva".
Compreendemos então, que as nossa respostas emocionais
também são educáveis e modificáveis, pois o nosso cérebro "acolhe e reforça"
as nossas ações mentais e as transforma em sinapses, "diante de qualquer atividade
que lhe seja habitual", seja através de pensamentos construtivos ou
daqueles equivocados em sua intenção.
Como preceito moderador, a observância de Ahimsá
não pode ser confundida como "passividade". Um erro nunca deve se
perpetrar quando podemos impedí-lo, senão seria uma forma cômoda de
acumpliciar-se ao mesmo ato.
Mediante a "prática do Yoga", as aulas devem ser
vistas como "um tempo não-negociável". A mensagem ao nosso espírito
deve ser " Você vale a pena, vale a pena todo o meu tempo!!!"
Por fim, mediante as posturas (Asana), a observância e o
respeito às próprias limitações, são fundamentais, para que não travemos uma
luta com o nosso próprio corpo ou excedamos às sua possibilidades atuais.
O Yoga nos oferece a liberdade de viver o momento com
verdade e individualidade, com o objetivo da evolução diante da ampliação
gradual das nossas possibilidades. Esse é o ensinamento que devemos levar para
a nossa vida cotidiana.
Claudia B.,
c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação:
Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/ Certificação: Yoga – Treinamento
Funcional – Treino em Suspensão
Nenhum comentário:
Postar um comentário