Denominada
originalmente de "Prezzi", a "fitball ou bola suiça" como
conhecemos hoje, foi inventada na década de 60,
não por um suíço como imaginamos,
mas por um humilde italiano fabricante de plásticos.
Como inicialmente foi utilizada por um fisioterapeuta britânico que trabalhava na Suíça, passou a ser conhecida por esse nome. Na época ele a
utilizou como uma ferramenta de reabilitação em
pacientes com déficits neurológicos, vítimas de derrame ou
acidentes.
Só a partir do início dos anos 90, é
que ela foi reconhecida como um valioso acessório de treino, com ampla aceitação
por parte dos alunos, que tem a sua atenção absorvida pelo desafio que esta
propõe.
Incorporada às aulas de Pilates e de
Treinamento Funcional, ela contribui para o ajuste postural dinâmico, pela
instabilidade e desafio que oferece ao corpo. O equilíbrio entre as tensões - força
e flexibilidade muscular - se torna mais perceptível e o acionamento da
musculatura profunda e a estabilização articular do centro do corpo, imprescindíveis,
exigências que possibilitam o domínio e
a fluidez, durante o movimento.
Discorrendo um pouco mais sobre as principais
razões para o seu uso...
1. Perturbação no equilíbrio
Diferentemente de um banco estável, em qualquer movimento que estivermos apoiados em uma bola cheia de ar, desafiaremos o nosso sistema de equilíbrio, não habituado a esse ambiente instável. Assim, somos obrigados a sair da "zona de conforto" e acionar o sistema sensório-motor, que integra o controle neuromuscular, a propriocepção, o equilíbrio e a coordenação. O equilíbrio exigido vai muito além do sistema vestibular e solicita o equilíbrio de funcionamento dos músculos, tendões e ligamentos, que devem atuar simetrica e sinérgicamente.
Diferentemente de um banco estável, em qualquer movimento que estivermos apoiados em uma bola cheia de ar, desafiaremos o nosso sistema de equilíbrio, não habituado a esse ambiente instável. Assim, somos obrigados a sair da "zona de conforto" e acionar o sistema sensório-motor, que integra o controle neuromuscular, a propriocepção, o equilíbrio e a coordenação. O equilíbrio exigido vai muito além do sistema vestibular e solicita o equilíbrio de funcionamento dos músculos, tendões e ligamentos, que devem atuar simetrica e sinérgicamente.
2. Treino do "Core" ou Power House
Não há como argumentar que, qualquer que seja o
movimento, a exigência da estabilização do núcleo do corpo para calculada
mobilização das articulações, representa um desafio de alto nível a esse núcleo.
3. Controle da inclinação pélvica
A fitball exerce um grande papel nas reabilitações dessa área, colaborando para o reforço e percepção dessa área e consequentemente, para o desempenho nos treinos que exigem grande eficiência. Mesmo quando executamos somente pequenos movimentos pélvicos, como o de anteversão, retroversão e os balanços laterais, a bola será um acessório de grande valia para a reciclagem dos movimentos do quadril e dos músculos pélvicos, fundamentais para a manutenção da neutralidade da coluna.
4. Ergonomia
Discute-se e a melhor forma para um trabalhador de escritório, que permanece sentado por longos períodos, seria que fosse sobre uma fitball. No entanto, compreendo que sem o domínio da boa postura (o que é fácil ocorrer), a saúde de uma coluna instável e dependende do suporte oferecido pelo encosto da cadeira, pode-se agravar. Com o cansaço e o stress dos afazeres, torna-se muito difícil manter o equilíbrio dos músculos antigravitacionais, o alinhamento da coluna entre os ísquios (tuberosidade isquiática), a manutenção dos ombros relaxados, as curvaturas fisiológicas da coluna vertebral preservadas, o peitoral aberto, etc. Vencida pelo esforço, a postura despenca, os ligamentos perdem a sua integridade e pode acontecer um déficit de nutrientes para os tecidos, ou seja, disfunções musculoesqueléticas por compensações e alterações em toda a cadeia postural, que podem se cronificar. Em caso da adoção da bola no ambiente de trabalho, o seu uso deve ser fracionado, isto é, por volta de 10 minutos a cada hora.
Claudia B., c.pilatesyoga@gmail.com
Pós-Graduação: Método Pilates – Fisioterapia Esportiva/
Certificação: Yoga – Treinamento Funcional – Treino em Suspensão
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